Saúde
Movimento antivacina: É seguro não vacinar os filhos?
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A taxa brasileira de vacinação é considerada ótima pelos órgãos reguladores e isso fica mais óbvio quando comparada a outros países. Os Estados Unidos e a Europa possuem cobertura vacinal próxima de 40%, enquanto o Brasil apresenta 80%, segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde. Contudo, com a popularização da internet e a disseminação rápida de notícias falsas, um movimento antivacina ameaça essa conquista da saúde pública brasileira.
Queda da taxa de imunização
A vacina nada mais é do que uma fórmula com traços de agentes causadores de doenças que garantem imunidade ativa. O conceito de uma imunização eficiente é o de “rebanho”, ou seja, quanto mais pessoas estiverem vacinadas, mais perto se está de erradicar o problema em questão.
As notícias espalhadas por membros do movimento antivacina já afetam a cobertura vacinal brasileira, tornando a taxa de imunização no país em 2017 a pior em doze anos. O grupo é majoritariamente formado por pais que acreditam que vacinas podem causar danos permanentes à saúde, e sendo assim, se recusam a se vacinar seus filhos.
Movimento Antivacina
O maior argumento dos pais que não querem vacinar os filhos tem como base o estudo do médico inglês Andrew Wakefield que associava o aumento do número de crianças com autismo à aplicação da vacina tríplice viral. Posteriormente, foi descoberto que todos os dados dessa pesquisa foram alterados e todo o estudo foi invalidado, banindo Wakefield da comunidade científica.
Grande parte dos argumentos do movimento antivacina se baseiam em achismos e crenças pessoais, ignorando o fato de que recuo nos números de vacinação é o um dos grandes responsáveis pelo retorno de doenças que já assolaram a população, e graças às campanhas de vacinação, foram erradicadas. O surto de sarampo que assolou o Brasil em é um exemplo claro disso.
No Brasil, o avanço da coqueluche tem mantido os profissionais da saúde em alerta. Foram registradas 5.295 ocorrências da doença no ano de 2012, número 135% maior do que no ano anterior. Ainda assim, o Brasil continua com boas taxas de imunização e empenhado em manter a situação dessa forma, o Ministério da Saúde tem investido em campanhas de conscientização.
Não vacinar filhos é crime
Não vacinar seu filho é ilegal no Brasil e pode causar a perda da guarda por negligência, visto que deixa a criança mais suscetível a contrair uma série de doenças que podem ter consequências graves e, até mesmo, fatais.
Além disso, o movimento antivacina possibilita a reincidência de doenças já erradicadas, prejudicando aqueles que não podem ser imunizados por não se enquadrar na faixa etária, alergias ou sistema imunológico comprometido.